O BTG Pactual deu mais um passo relevante em sua trajetória de expansão e diversificação de investimentos. O banco anunciou a assinatura de contratos para a aquisição de participações significativas em duas empresas listadas na Bolsa: a Light (LIGT3), tradicional companhia do setor elétrico, e a Méliuz (CASH3), referência no segmento de cashback e serviços financeiros digitais.
A operação faz parte de um movimento estratégico ainda maior, avaliado em cerca de R$ 1,5 bilhão, que inclui, além das participações acionárias, a compra de imóveis, créditos diversos, participações minoritárias em outros papéis — com fatias inferiores a 5% — e empresas de capital fechado. Todos esses ativos pertencem ao empresário Daniel Vorcaro, atual controlador do Banco Master, e foram reunidos em uma negociação estruturada e criteriosa.
No detalhamento do negócio, o BTG Pactual adquiriu aproximadamente 56,5 milhões de ações da Light, representando pouco mais de 15% do capital da companhia. Já na Méliuz, a fatia adquirida corresponde a cerca de 7 milhões de ações, o equivalente a pouco mais de 8%, em uma transação realizada de forma indireta, por meio de um fundo de investimento.
Apesar da relevância das participações, o banco deixou claro que não há intenção de interferir na gestão ou buscar o controle das empresas envolvidas. O objetivo principal da aquisição, segundo o BTG, é ampliar sua base de ativos financeiros, com foco em operações que possam gerar valor para seus acionistas no médio e longo prazos. A iniciativa, portanto, está alinhada à estratégia institucional de diversificação e fortalecimento de posições no mercado de capitais.
Outro aspecto importante da negociação foi o respaldo regulatório. A operação recebeu o aval do Banco Central e do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), reforçando a segurança e a transparência do processo. Além disso, Daniel Vorcaro se comprometeu formalmente a reinvestir os recursos obtidos na operação dentro do Banco Master, afastando eventuais especulações sobre vínculos diretos entre as instituições.
O BTG Pactual também ressaltou que a operação não envolve qualquer tipo de participação no Banco Master ou em empresas coligadas, reforçando o caráter puramente financeiro e estratégico da transação.
A conclusão definitiva do negócio, no entanto, ainda depende de etapas formais, como a análise e aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), além do cumprimento de outras condições previstas em contrato. O BTG informou que seguirá cumprindo todas as exigências regulatórias, realizando as comunicações pertinentes à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) conforme o andamento da operação.
Com essa movimentação, o BTG Pactual demonstra mais uma vez sua disposição de ampliar o portfólio com ativos diversificados, explorando oportunidades em setores tradicionais e inovadores, e consolidando sua posição como um dos principais protagonistas do mercado financeiro nacional.